Nota pública à Comunidade Acadêmica da UEMG – Unidade Frutal
Nota pública à Comunidade Acadêmica da UEMG – Unidade Frutal
Prezados discentes e servidores,
Como é de conhecimento público, nós professores de todas as Unidades da Universidade do Estado de Minas Gerais estamos recebendo desde fevereiro de 2016 os nossos salários parcelados, incluindo o 13º do ano de 2017, dividido em quatro parcelas.
No mês de março, contrariando o calendário elaborado pelo Governo do Estado de pagamento da 1ª parcela em 14/03, 2ª parcela em 23/03, 3ª parcela em 29/03, recebemos a 2ª parcela, somente no dia 26/03/2018, antecedido com declarações genéricas do Governo.
Ao lado dessa incerteza salarial que nos assombra mensalmente, obrigando a todos os professores estarem num estado de grande tensão e insegurança no cumprimento dos compromissos com o pagamento das contas pessoais, vemos a crescente corrosão dos nossos salários frente ao acúmulo da inflação. Pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), desde 2012, o nosso salário está defasado em 45,3%.
Além de defasado, ao recebermos o salário parcelado e em atraso, o Governo de Minas Gerais nos desvaloriza e fere à nossa dignidade, nos obrigando a decretar Estado de Greve a partir do dia 26/03/2018, decidido em reunião entre os professores da Unidade de Frutal.
O Estado de Greve visa mobilizarmos em defesa dos nossos direitos de:
Receber os salários pagos integralmente em dia, sem a seletividade feita pelo Governo do Estado;
Recomposição salarial desde 2012;
Obter o cumprimento do acordo firmado na Justiça após a Greve de 2016 e ainda não cumprido;
Além de melhoria da infraestrutura da Unidade, dos equipamentos dos laboratórios e reformas e adequações estruturais, investimento no acervo da Biblioteca, ações que se fazem urgentes para o bom desenvolvimento do tripé em que se sustenta a Universidade: Pesquisa, Ensino e Extensão.
Diante do desrespeito do Governo de Minas Gerais à Educação do Ensino Superior do Estado, ao conduzir com irresponsabilidade suas obrigações, viemos à público compartilhar esse nível de precarização e de desvalorização no qual estamos submetidos e buscar o apoio da comunidade acadêmica da UEMG Unidade Frutal, em especial dos discentes e servidores, para que possamos construir junt@s uma pauta em defesa da nossa Universidade Pública e Gratuita de Qualidade.
Por isso, em assembleia de professores realizada às 18 horas do dia 4 de abril, por unanimidade, os professores decidiram realizar uma paralisação de suas atividades na sexta-feira, dia 6 de abril, para demonstrar nossos protestos contra todas estas situações acima relatadas. Informamos também que este movimento já tem a adesão de unidades da UEMG espalhadas pelo estado, como em Ibirité, Campanha e Barbacena.
Juntos, somos mais fortes!
Professores UEMG – Unidade Frutal